terça-feira, 14 de junho de 2011

Ashton Kutcher, William da Rocinha Vice Presidente do Forum de Turismo e Luciano Huck na Rocinha

fotos william de oliveira, Ator Ashton Kutcher, Luciano Huck, Feijão Afroreggae e Laura Victoria filha William na Rocinha


No fim da tarde e inicio da noite de Domingo dia 12 junho 2011 na Rocinha, recebemos a visita do Ator Ashton Kutcher @aplusk acompanhado do Ator e Apresentador @huckluciano e Junior Coordenador Executivo do Afroreggae, também estavam presentes do Afroreggae Feijão, Jb e Rogério, todos foram acompanhado pelo Presidente do Fórum de Turismo da Rocinha e Presidente do Movimento Popular de Favelas William de Oliveira, mais conhecido como William da Rocinha minha esposa Ellen e minha filha Laura Victoria.

Foi muito legal, nos encontramos no restaurante varandas da Rocinha, onde eles beberam uma cervejinha e batemos um papo legal, após fomos a Laje do seu Carlinhos e no Laboriaux apresentar-los dois pontos turísticos da Rocinha entre vários que existe, após descemos a Rocinha andando a da Rua 1 ate os novo apartamentos na Rua 4, na descida passamos pelo atalho e Paula Brito, as Crianças da Rocinha adorou, por onde passávamos todos gritavam hu hu e o caldeirão as crianças adoraram e a comunidade mais ainda. Foi Show de bola.

Por: William da Rocinha

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Rocinha promove Chá de Museu


“Um povo sem passado é um povo sem memória”, diz um ditado africano. Sabendo desta máxima é que agentes sociais são dispostos a preservar o passado da Rocinha com peças que contam sua história. E quem tiver mais algumas peças que possam contribuir é só aparecer no CIEP Dr. Bento Rubião (curva do “S”), na Estrada da Gávea, número 520, no sábado (30/01), às 14h para o CHÁ DE MUSEU.

A idéia de criar um museu na Rocinha não é nova. Ela é tema de discussão por agentes culturais, educadores e militantes sociais locais, que vislumbram essa possibilidade. O FÓRUM CULTURAL DA ROCINHA, criado em 2007, abre espaço para discussão e criação e gestão de tal MUSEU, alem de discussões de políticas publicas para a cultura local.

O Ponto de Cultura Centro de Cultura e Educação Lúdica da Rocinha vem trabalhando no levantamento da memória e historia, com entrevistas, coletando material de acervo e vem solicitar a colaboração de todos que possam doar material e dar entrevistas para que tenhamos um Museu de Memória e Historia da Rocinha Sankofa com a nossa cara.

Serviço
CHÁ DE MUSEU
(Doação e exposição de peças para a composição do acervo do Museu da Rocinha)
Local: CIEP Dr. Bento Rubião (curva do “S”)
Endereço: Estrada da Gávea, 520
Data: 30/01/2009 (sábado)
Horário: 14h.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Fórum de turismo é tema de estudo


Desde que a favela virou destino de muitos turistas, estudiosos tentam entender as formas de organização de grupos que trabalham no segmento, que se mostra em reconstrução, pois moradores que antes só faziam parte do cenário hoje têm a oportunidade de atuar no direcionamento de ações, como os valores a serem passado aos turistas e a possibilidade de gerar renda para a localidade. Essa consolidação requer uma relação harmoniosa entre moradores/agentes e as operadoras de turismo. Esse contexto está sendo apresentado no trabalho de mestrado de Elisa Spampinato, italiana que se apaixonou pela Rocinha. Abaixo, a entrevista feita por e-mail com ela.

- Porque escolheu a Rocinha para realizar sua pesquisa?
A Rocinha foi a primeira favela que conheci quando cheguei no Rio em 2003 e logo me apaixonei por ela. A Rocinha tem uma energia especial, capaz de conquistar as pessoas.

- Qual sua origem?
Italiana.

- Quando começou a pesquisa?
Acompanho a Rocinha desde 2003. Mas comecei a me interessar do fenômeno do turismo na Rocinha, de forma aprofundada, desde o ano passado.

- O trabalho foi mestrado, não é?
Mestrado em Engenharia de Produção. Título do trabalho: “turismo em favelas cariocas e desenvolvimento situado: a possibilidade do encontro em seis iniciativas comunitárias”

- Qual instituição de ensino?
COPPE- UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

- Quais outras comunidades participaram?
A favela de Vila Canoas, a Tavares Bastos no Catete, Babilônia e Chapéu Mangueira e o conjunto do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho.

- Qual foi sua conclusão sobre esse trabalho?
Entre as várias conclusões, meu trabalho evidenciou que é possível vivenciar um “outro” tipo turismo que seja respeitoso das pessoas e das culturas locais, desde que, de um lado, a comunidade assuma seu papel de protagonista em todo o processo de organização e gestão da atividade turística e, do outro, o turista reconheça e respeite as diferenças e seja mais aberto ao encontro. Dessa forma é possível pensar e organizar um tipo de turismo que signifique não apenas crescimento material e simbólico para a localidade, mas também, desenvolvimento social e cultural, tanto para a comunidade quanto para o turista.
A partir da análise dos casos concretos foi observado que através do turismo é realmente possível construir laços de solidariedade e cooperação entre culturas diferentes, e isso acontece quando a viagem significa verdadeiro encontro e dialogo entre sujeitos ativos, o turista e a comunidade. O turismo, dessa forma,significa construção de dialogo intercultural e troca de experiências e saberes que é o motor do crescimento humano e cultural em cada sociedade.

Secretaria do Fórum busca ações na Feira de Turismo da ABAV






A Secretaria do Fórum de Turismo da Rocinha visitou a feira da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), o maior evento de turismo das Américas, que ocorreu nos dias 21, 22 e 23 de outubro, no Rio Centro, e viram produtos e serviços para milhares de profissionais do turismo, além de fizerem contatos com grupos presentes na feira. Ministros e autoridades estiveram no evento, o que mostra a importância da ABAV para o setor. O ministro do Turismo, Luiz Barreto, percorreu os pavilhões da feira e formalizou alguns acordos durante o evento. Os seminários contaram com salas cheias e debates sobre os temas mais importantes do setor.
O Vice-Presidente e também Relações Públicas do Fórum de Turismo, William de Oliveira, estava acompanhado de José Luiz Lima, da Assessoria de projetos especiais do SEBRAE/RJ e Jarbas Modesto, consultor do SEBRAE/RJ e conversaram com organizadores, expositores e representantes governamentais.
Para William, a diversidade de grupos presentes na feira serviu párea realizar novos contatos e planejar novas ações. “O evento ajudou nossa aproximação com os agentes e operadores de viagens, o que possibilita divulgarmos a Rocinha como destino turístico e por que não nossa participação na feira no ano que vem.”, diz William, que participará da ABAV – feiras da Américas no ano que vem junto com o Fórum de Turismo, além de realizar parcerias para expor os trabalhos do Fórum pelo mundo em feiras de turismo.
William também conversou com Rodrigo Ramos, da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA). Eles ficaram de fechar acordos para ações conjuntas de turismo na Rocinha.
Feira acontece há mais de 50 anos
A ABAV é a associação mais representativa do setor de turismo no Brasil. Entre as atividades está a realização da Feira das Américas, um evento que acontece há 50 anos e atrai os principais agentes de viagens, operadores de viagens e profissionais do turismo, que contribuem com o desenvolvimento do turismo brasileiro. Segundo a ABAV, são 27 mil pessoas em busca de relacionamentos e negócios no setor de Turismo.
A edição de 2009 encerrou o evento reunindo milhares de profissionais e expositores de toda a cadeia produtiva que dá suporte ao setor. Durante os três dias do evento os visitantes puderam acompanhar as novidades apresentadas pelos expositores, realizando negócios e ampliando sua rede de contatos. Paralelo a feira os profissionais acompanharam os debates e seminários das principais tendências do mercado.
A primeira edição da Feira das Américas aconteceu em 1974, no Guarujá – SP. Após um período de realização itinerante fixou-se na cidade do Rio de Janeiro a partir de 2004. Com um crescimento contínuo durante esses mais de 30 anos, o evento tornou-se o maior e mais importante do continente, reunindo os principais nomes, marcas e negócios do segmento turístico.

domingo, 25 de outubro de 2009

Nada de abismos


Revista do Brasil - Edição 38 - Viagem

Moradores da Rocinha buscam modelo de turismo sustentável, que valorize a cultura e os serviços locais, integre os visitantes à realidade da favela e não faça da pobreza um espetáculo.

Texto: Maurício Thuswohl
Fotos: Rodrigo Queiroz
Publicado em 05/08/2009

O turismo em favelas movimenta centenas de agências, mobiliza milhares de pessoas em todo o Brasil e já é alvo de críticas. A mais recorrente ressalta o fato de que os passeios são comumente controlados por agentes externos às comunidades visitadas e geram poucos dividendos diretos aos moradores. Ou que a maioria das agências não promove uma interação entre turistas e moradores e acaba por alimentar uma espécie de espetacularização da miséria. Maior favela da América Latina e pioneira no assunto, a Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, ensaia um salto para melhorar a exploração dessa atividade pela própria comunidade. A tarefa é gigantesca.
Vivem ali cerca de 200 mil habitantes, que recebem na alta estação a visita de até 300 turistas estrangeiros por dia. Essa demanda – passeios monitorados na comunidade – é explorada por cerca de dez agências de viagem e por algumas centenas de parceiros espalhados mundo afora. Essa movimentação inspirou a criação do Fórum de Turismo da Rocinha. “A ideia nasceu em um curso de formação oferecido pelo Sebrae-RJ, do qual participaram diversas lideranças comunitárias”, conta William de Oliveira, morador há 37 anos, presidente do Movimento Popular de Favelas e agora vice-presidente do Fórum de Turismo da Rocinha.
O presidente, o empresário Ailton Araújo Ferreira, conhecido como Macarrão, vê o início de uma nova era: “O turismo aqui já existe há 20 anos, mas há dois estamos trabalhando nesse projeto, angariando apoios, e hoje chegamos a esse nível. É mais um passo importante para adequarmos à comunidade o melhor modelo de turismo”, diz. “Agora, vamos fazer um mapeamento dos pontos de interesse na favela e um levantamento de todos os recursos obtidos com a exploração do turismo. Entra muito dinheiro com essa atividade, e queremos saber para onde ele vai”, destaca William. O levantamento inclui as agências, que cobram de R$ 60 a R$ 100 de cada turista por um passeio, e os recursos públicos que deveriam ajudar o desenvolvimento da comunidade, já que desde 2006 a favela faz parte do Guia Oficial de Turismo do Rio de Janeiro.
Fim do safári?
O modelo predominante de turismo na Rocinha ainda é aquele chamado pejorativamente de “safári”, em que turistas são conduzidos em jipes ou camionetes, visitam os mirantes, compram artesanatos e suvenires, apreciam uma roda de samba e tiram muitas fotos, nem sempre interagindo positivamente com os moradores. Um passeio clássico leva turistas ao magnífico mirante na parte mais alta, conhecida como Laboriaux, com direito a vista da Pedra da Gávea, do Corcovado e do mar de São Conrado, entre outras maravilhas. Em seguida, os visitantes fazem compras no largo dos Boiadeiros e terminam o passeio geralmente na quadra da Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha.
“Quero riscar essa expressão ‘safári’ do meu vocabulário”, ressalta William. “Muitas vezes o turista chega em tudo quanto é lugar na Rocinha e sai tirando foto. Tem muita gente que não gosta. E nem estou falando do tráfico, e sim dos moradores comuns. Ouço muitos comentários de que o turista quer filmar o miserável, e tem pessoa que não quer aparecer ali como o miserável, entende?”
O Fórum de Turismo abre a possibilidade de criar na Rocinha roteiros com outra qualidade. “Queremos estabelecer projetos que possam conscientizar os turistas e lhes dar uma aula de cidadania. Muito turista com dinheiro para ajudar ou com trabalho social em seu país pode se interessar pelos projetos sociais e artísticos que são desenvolvidos aqui”, acredita William.
Entre os moradores que de alguma forma se beneficiam do turismo realizado na Rocinha, a expectativa é de melhora. Carlos José da Silva, o Carlinho da Laje, é um deles. Carlinho ganha dinheiro ao deixar turistas passarem algumas horas na laje de sua casa, que tem uma vista de cair o queixo, além de ser equipada com toaletes, churrasqueira e frigobar: “Deixo visitarem minha laje há seis anos. Os turistas que vêm aqui são trazidos pelas agências, que entram em contato comigo. Mas o turismo aqui é mal explorado, acredito que as coisas podem melhorar”.
O Fórum pretende ainda criar alguma atividade que entre definitivamente no calendário turístico e cultural carioca. A ideia é realizar, este ano, a primeira edição do Dia do Tour na Rocinha. “Queremos fazer um dia inteiro de visitação à comunidade destinado a turistas estrangeiros, brasileiros e até mesmo a moradores do Rio de Janeiro. Vamos mostrar o artesanato, o samba, a capoeira e outras manifestações culturais, além de pontos históricos e iniciativas sociais”, conta William de Oliveira. Para o Fórum, parte dos recursos obtidos deve ser empregada na capacitação profissional dos jovens moradores, no ensino do inglês e na formação de guias. Outra ideia é criar uma rede de hospedagem. “Imagina a Rocinha com pousadas boas e seguras, que possam receber com dignidade o turista. É um sonho”, afirma o líder comunitário.
A experiência do Fórum de Turismo da Rocinha deve ser levada para outras comunidades. As vizinhas Canoas e Vidigal, também muito visitadas por turistas, participaram do curso oferecido pelo Sebrae e devem em breve criar os próprios fóruns. O Movimento Popular de Favelas iniciou ainda discussões sobre projetos de exploração do turismo nas comunidades do Dendê, da Babilônia e do Andaraí, na zona norte do Rio. “Sem a vista para o mar e para a Mata Atlântica, algumas comunidades têm de estabelecer formas de valorizar outros atrativos, como o cultural e o social”, diz William.
Poliglota
O guia Carlos Antônio Souza é uma figura conhecida do turismo na Rocinha. Aos 44 anos, vividos ali, e com duas décadas de experiência como guia, Souza procura transmitir aos turistas um conhecimento verdadeiro sobre a favela, uma abordagem diferenciada. “A maioria dos guias de turismo que trabalham aqui é de fora, e muitos passeios deixam de buscar um verdadeiro intercâmbio. Fazem as duas pontas e perdem o meio”, critica. Souza busca “o meio da favela”, dá um panorama histórico dos últimos 30 anos e trata de temas como infraestrutura habitacional, água, fornecimento de luz: “Conto a história da igreja que temos aqui, sem conotação religiosa, falo também de educação e saúde, do tratamento da tuberculose, de gravidez na adolescência, de aids”.
Autônomo, Souza presta serviço para seis agências que atuam na Rocinha. O contato com os turistas é facilitado por sua fluência em inglês e espanhol e o bom desempenho em outros idiomas: “Tenho facilidade, não sei explicar. Sou autodidata. Agora estou estudando russo”, conta, sem disfarçar o orgulho pelo dom que o fez conhecido na comunidade. Sua média é de uma visita guiada por dia. “O mais prazeroso é ver o turista entrar com uma ideia do que é a favela e sair com outra, completamente diferente. É bom fazê-lo refletir sobre preconceito e tolerância”, afirma. Ele apoia a criação do Fórum de Turismo: “Temos de preparar a comunidade para receber com seus próprios meios os turistas”.
Os visitantes, muitos estrangeiros, parecem gostar da visita com enfoque social à maior favela da América Latina. Em uma ensolarada manhã de inverno, cerca de 25 estudantes franceses acompanhavam o guia Carlos Antônio Souza. “É marcante ver tanta pobreza e o contraste entre ricos e pobres”, observou Cristelle Cariddi, 31 anos, aturdida com a vista que se tem do morro para as mansões do bairro da Gávea. Xavier Clausel, 24 anos, surpreendeu-se com os ônibus urbanos e as centenas de outros veículos cortando a favela a todo momento. “A Rocinha é muito mais aberta ao mundo exterior do que eu podia imaginar. Eu achava que a favela seria uma coisa muito mais fechada em si mesma.” Um dos mais jovens do grupo, Lyes Guenreïd, 16 anos, notou uma “situação melhor” do que as que já viu na televisão: “A Rocinha até que é bem desenvolvida para uma favela. Eu não esperava, mas todos têm energia elétrica, existe água corrente, tudo isso. Já é alguma coisa. Se continuar a se desenvolver, se transformará num bairro normal”.
Os jovens parisienses não se furtaram a comparar o Rio com a capital francesa: “Também temos pobreza, mas não é tão grande nem tão misturado”, relatou Xavier. Para Cristelle, o que mais caracteriza o Rio é sua histórica convivência entre ricos e pobres no mesmo espaço: “Na França, você vê o pobre de um lado e o rico do outro, um fosso os separa. Em Paris há os bairros pobres do subúrbio, e os suburbanos não vão se misturar com as pessoas dos bairros ricos. Quando essa mistura acontece acaba provocando choques”. Apesar da pouca idade, Lyes, descendente de argelinos, demonstra uma fina observação: “O Rio de Janeiro é bem diferente de Paris, mas lá também há partes da cidade, ou bairros, que têm o caráter de gueto, assim como as favelas”, comparou. “Aqui é muito mais parecido com a Argélia, com seus grandes bairros, os bolsões de miséria e a metrópole.”
Distância do tráfico
A relação com o tráfico de drogas, naturalmente, é questão problemática quando o assunto é turismo em favelas. A reportagem da Revista do Brasil avistou pelo menos quatro pessoas empunhando armas de grosso calibre, além de dois pontos de venda de drogas. Os traficantes, no entanto, não parecem interferir no turismo. Diluem-se na paisagem repleta de gente, motos, carros e ônibus que sobem e descem o morro. O objetivo dos moradores engajados é não estimular o contato dos turistas com os traficantes nem promover fotos ou qualquer outro tipo de “exibição” remunerada dos soldados do tráfico. “A Rocinha é grande o suficiente para que o turista passe várias horas aqui sem nem mesmo perceber o tráfico”, diz William de Oliveira, vice-presidente do Fórum de Turismo de Rocinha.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Acordando a cidadania


Por Hélio Almeida
A capoeira já foi conhecida por ser violenta, depois ganhou o status de esporte, de manifestação cultural e agora tem a missão de contribuir com a cidadania. E há 4 anos o grupo Acorda Capoeira vem fazendo esse papel.
Com 29 anos de arte, o mestrando Manel comanda o grupo de 200 crianças de 6 até 17 anos, que treinam por faixa etária, e conta com o auxílio de 10 instrutores, que já foram alunos dele e que já viajaram para países como China e angola, fazendo apresentações.
Manel diz que hoje a capoeira tem um outro sentido, que as rodas eram mais agressivas, e que hoje são bem diferentes, sendo vistas como instrumentos para se trabalhar a cidadania e geração de renda.
“Hoje há um mercado que absorve esse pessoal, mas o importante é que todos saiam com um caminho bom” - explica Manel, ao falar sobre o nível em que a capoeira está atualmente.
O grupo desenvolve o trabalho em alguns pontos do Rio, como em áreas da Rocinha (Laboriaux, Cachopa, Canteiro Social, Vila-Verde, Paula Brito e Parque da Cidade), São Conrado, Ipanema, Barra e Recreio.
O objetivo é mostrar uma perspectiva na vida das crianças e jovens, contribuindo para o desenvolvimento deles, por meio da prática que une esporte e manifestação cultural.
“ver aquelas crianças sorrindo já é um grande prêmio pra mim” - diz Manel.
Para participar, é preciso estar matriculado na escola e ter entre 6 e 17 anos.

Notas sobre a Rocinha

Gravidez em debate
Gravidez na adolescên-cia é o tema da peça ‘Troquei Barbie Pela Paternidade’, que a G.A. Produções volta a encenar, no Canteiro Social (antiga Casa da Paz), aos sábados, às 19h. Entrada gratuita.

Samba da Rocinha
Renato Santos, mestre de Cerimônia da Aca-dêmicos da Rocinha e locutor da AM Comunicação, lança CD com a música ‘Samba da Rocinha‘, pérola de João Nogueira e Paulo César Pinheiro.

Reeleição de Mattos
Mauricio Mattos, pre-sidente da Acadêmicos da Rocinha, é reeleito para mais três anos à frente da escola. O plei-to, com chapa única, foi em maio, na quadra da escola. E que venha o Grupo Especial!!!

Aniversário da Rocinha
Dia 18 de junho a Rocinha completou 16 anos como bairro, de acordo com a lei nº 1.995do ano de 1993. Que os outros anos de vida venham com desenvolvimento para a ‘Cidade Rocinha’.

Sugestões para on fio



Por Landa Araújo

O frio vem aí, e com ele mais namoro, mais beijo na boca e claro, mais romantismo. Os bares e restaurantes da Rocinha estão se preparando para a nova estação, e nós daremos algumas dicas de uma boa e proveitosa alimentação para nossos leitores da Revista AM.
Como entrada, porque não um caldinho bem quentinho? As pedidas variam do sabor de feijão até o caldo verde ou o conhecido caldeirada. Só de pensar já dá água na boca, não é mesmo? No Luciana´s bar, eles são caprichados e por um bom preço R$ 3,50 (tamanho único). A alegria do local é contagiante e o tempero não deixa nada a desejar a qualquer restaurante da Zona Sul. “Aqui recebo artistas, cantores, grupos de pagode”, diz Lú Moreno, dona do estabelecimento. O proprietário da Beer Pizza, Jair, aposta em atividades de “dar calor” no mês do frio.
Sua sugestão é a taça de vinho (R$ 2). Mas há quem prefira o conhecido chope e para satisfazer todos os gostos, ele é servido bem geladinho e você encontra a partir de R$ 2,00 no Armazém do Chopp.
Como prato principal, bom gosto é o que não falta no cardápio do Restaurante Trapiá (bem no centrão da Via Ápia), são várias opções de massas e entre elas, o espaguete aos frutos do mar (R$ 49) que vem em porção farta e dá para dividir para três.

Serviços e produtos entre becos e vielas

Veja alguns dos pontos turísticos da Rocinha e como aproveitar todos eles.
Há bares no alto da região onde se pode ter, além de atrações locais em volta, vista para a Lagoaa, Cristo Redentor e Ipanema.